Na manhã do último sábado (02/04), Dia Mundial de Conscientização do Autismo, mais de 70 pessoas participaram da caminhada promovida pelo Grupo +TEA Macatuba que saiu do Teatro Municipal “Renata Lycia dos Santos Ludovico” e seguiu até o CART “Dr. João Carlos Hueb”. Além da conscientização e visibilidade para a causa, os pais de crianças autistas cobram políticas públicas para o tratamento.

O Acontece na Região conversou com alguns pais de crianças autistas que, entre várias demandas, falaram da importância do diagnóstico precoce e da necessidade de que o tratamento das crianças seja feita na cidade em que moram.

Em Macatuba, o atendimento aos autistas é feito na Apae, mas só até os 3 anos. Depois disso, as crianças são encaminhadas para centros de referência da região, como a Sorri, em Bauru. Os pais que têm convênio médico estão levando os filhos em Lençóis Paulista. Como o tratamento é multidisciplinar e precisa ser constante para que o resultado venha, ter que viajar todos os dias para fora da cidade é uma situação que para muitas famílias é complicado.

O Grupo + TEA Macatuba tem como objetivo a troca de informações e experiências entre os pais e também dar visibilidade a causa do Autismo e buscar políticas públicas que melhorem a qualidade de vida das crianças.

O Acontece na Região conversou com Débora Braga da Conceição, mãe do Arthur de 3 anos, e com Thaisa Ribeiro Gomes, mãe do Pedro, de 8 anos que além do autismo é surdo e usa um implante.

Débora conta que o diagnóstico do Arthur veio quando ele estava com 1 anos e 9 meses e foi fruto da observação já que ele demorou para engatinhar, sentar e andar. “O meu alerta mesmo foi no atraso da fala, achei que ele não escutava e comecei a prestar a atenção e percebi que ele não tinha o contato visual. Procurei ajuda e hoje estamos tratando na Apae de Macatuba”, diz.

Thaisa faz o tratamento do Pedro em Lençóis Paulista. Ela explica que o diagnóstico não é rápido, porque é clínico. Ou seja, o autismo não dá em nenhum exame. “Quando os pais perceberem algo fora do padrão, o primeiro caminho é o pediatra. Ele vai avaliar e encaminhar para outros profissionais. As estatísticas mostram que de cada 40 novos nascimentos, 1 criança é autista e esse diagnóstico precoce ocorre graças a tecnologia e ao avanço da ciência”, explica.

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Confira abaixo a entrevista na íntegra: