Golpe na Apae de Macatuba gera prejuízo que pode chegar a R$ 200 mil e entidade pede ajuda para reforma do telhado.

Vítima de um golpe, a Apae de Macatuba pode ter perdido o dinheiro que havia sido juntado para a troca do telhado da instituição.

O caso veio à tona nas últimas semanas quando foi descoberta a falta de R$ 70 mil de uma das contas e o saldo quase zerado da poupança.

Um prestador de serviço responsável pela gestão financeira e contábil da instituição há mais de 20 anos assumiu que usou os recursos.

A diretoria da Apae de Macatuba denunciou o caso à Polícia Civil, trocou as senhas das contas bancárias e contratou outro escritório de contabilidade.

“Nós temos em torno de 100 usuários atendidos na Apae de Macatuba e gostaria de informar que o nosso serviço, todos os nossos serviços, estão sendo mantidos. Os recursos que foram desviados seriam para melhoria do espaço e troca do telhado”, diz Rosemeire Vieira, presidente da Apae de Macatuba.

Advogado e procurador jurídico da Apae de Macatuba, Clodoaldo Galli explica que a entidade tem contas que são específicas para recebimento de verbas governamentais e outras onde são depositados os recursos provenientes de promoções.

O contador usou o dinheiro das contas das promoções, ou seja, do dinheiro arrecadado com a venda de bolinhos, rifas, show de prêmios, dentre outras ações.

As contas de verbas governamentais que pagam os colaboradores e mantêm a maior parte das despesas estão em ordem.

“Nós tínhamos uma meta que era a reforma do telhado da sede, que está com um problema sério. Então, todas as últimas promoções estavam sendo reservadas para juntar o valor necessário. Por isso que se fala que é possível que se chegue a R$ 200 mil esse valor, porque também essa conta estava com saldo quase zerado”, explica Galli.

Entenda o caso da Apae de Macatuba

A gestão financeira da Apae de Macatuba, recebimento de verbas e pagamentos, era feita por uma empresa contábil que há mais de 20 anos prestava serviços para a entidade.

Por conta disso, tinha acesso aos cartões e senhas que foram usadas para movimentar o dinheiro de algumas contas sem autorização da entidade.

O golpe foi descoberto por conta de um depósito de R$ 50 mil que deveria ter sido depositado em conta específica e foi para outra conta.

“Em virtude do crédito de uma emenda parlamentar no valor de R$ 50 mil em uma conta que não deveria ter sido feito, por um equívoco do órgão concessor, quando fomos providenciar a devolução, verificamos que o dinheiro não estava mais na conta. Foi tirado o extrato e verificado que houve um saque irregular. Automaticamente já foi comunicado às autoridades, reunimos a diretoria da entidade, explicamos a situação e fizemos um requerimento pedindo à Polícia Civil a abertura de inquérito policial para apurar o que realmente aconteceu”, explica Clodoaldo Galli.

Um outro saque irregular foi de R$ 20 mil. Ou seja, o desvio de R$ 70 mil está comprovado e a apuração vai investigar se houve outras transferências irregulares.

Confira a entrevista completa: