Você sabia que o Agosto Lilás é uma campanha de conscientização pelo fim da violência contra a mulher? A data faz referência à Lei Maria da Penha, instituída em 7 de agosto de 2006, e que prevê penas mais severas aos infratores. No Brasil, em 2021, 1.341 foram vítimas de feminicídio. Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Neste ano, de janeiro a junho, 75 mulheres foram assassinadas no Estado de São Paulo, só por serem mulheres.

Eu explico. O assassinato é registrado como feminicídio quando a mulher é morta por conta de ser mulher. A Lei Maria da Penha prevê penas mais duras quando o crime se enquadra nestas condições. Outras 126 mulheres foram assassinadas no primeiro trimestre deste ano por outras causas. Os números são da SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado).

A soma dos casos de estupro, tentativa de estupro e estupro de vulneráveis é de 6.008 casos. É considerado vulnerável as crianças com menos de 14 anos e as pessoas com doença mental. Só neste grupo, 4.388 meninas foram estrupadas e outras 115 sofreram tentativa. As mulheres com mais de 14 anos vítimas de estrupo somam 1.268 no primeiro semestre deste ano no Estado de São Paulo.

Podemos dizer que estes são os casos mais graves de violência contra a mulher, já que um mata e o outro deixa marcas para o resto da vida. Mas a lista de violência é grande. O número de mulheres que apanham ou são ameaçadas também é alto. Em junho, a SSP-SP registrou 3.464 casos de lesão corporal dolosa, 4.639 ameaças e 62 invasões de domicílio.

E não pense que a violência está longe. No mês passado, em Lençóis Paulista, uma mãe de 31 anos foi assassinada com 10 facadas pelo ex-marido enquanto dormia porque ele não aceitou o novo relacionamento da ex-mulher. Ela deixou 2 filhas.

Com base nestes dados, o Acontece na Região fez uma série de reportagens para saber como as mulheres vítimas de violência são atendidas pelo poder público nas cidades de Lençóis Paulista, Macatuba e Pederneiras