O relacionamento que tira a liberdade da mulher é violência doméstica; diz advogada

O dia 8 de março celebra o Dia Internacional da Mulher que foi instituído pela ONU em 1970 para dar visibilidade às agressões que as mulheres sofrem em seus lares e também no trabalho. Chegamos em 2022 ainda discutindo a violência doméstica. No Brasil, em 2006, a Lei Maria da Penha entrou em vigor e traz penas duras aos agressores. Infelizmente, pouca coisa mudou.

O Acontece na Região entrevistou a advogada macatubense, Amanda Corrêa, para falar sobre este tema tão preocupante. O Brasil é o quinto país do mundo que mais mata mulheres. Por hora, 30 mulheres sofrem violência doméstica. Os dados são de 2020, mas é sabido que na pandemia a violência doméstica contra a mulher aumentou muito.

Mas o que é violência doméstica? Como as mulheres podem identificar as agressões? Onde buscar ajuda? Estas são as questões que vamos abordar.

Confira a entrevista na íntegra:

A advogada explica que a violência doméstica e familiar contra a mulher se configura por qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial.

“Isso ocorre dentro de casa, na família e nos relacionamentos íntimos como o namoro, casamento ou ficante. A agressão física não começa do nada, ela começa com um comportamento abusivo como o ciúme excessivo e o controle do que a mulher veste ou fala. Qualquer relacionamento que tira sua liberdade é um relacionamento abusivo”, explica Amanda Corrêa.

Quebrar o ciclo de violência não é fácil, principalmente nas mulheres que são dependentes financeiramente de seus companheiros. A mulher precisa tomar consciência dos seus direitos e saber o lugar dela no mundo, que é em todo lugar, para se libertar.

A rede de apoio para as mulheres denunciarem violência doméstica é formada pelo 180, disque-denúncia do Governo Federal, o 190 da Polícia Militar e todas as Delegacias de Polícia.

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) também oferece atendimento por meio da Casa do Advogado.

Outro serviço que é oferecido pelas prefeituras é a Proteção Social Especial, que normalmente funciona em unidades do Serviço Social, como os CRAS ou CREAS.

Em Macatuba, a Proteção Social funciona no prédio da Assistência Social, de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h30 e das 13h às 16h30. Os telefones são: (14) 3298-9970 ou 99127-7232.

Amanda Corrêa é advogada

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