Agnaldo Araújo é de uma família que trabalhou na lavoura de cana-de-açúcar na região. Para criar os filhos, os pais tinham o facão e a enxada como as principais ferramentas de trabalho, profissão que também exerceu por muitos anos, mas sem deixar os estudos de lado. E neste mês de janeiro se formou em Direito e fez questão de levar para a formatura, um facão e uma enxada.
A formatura de Agnaldo Araújo foi realizada no dia 15 de janeiro, na sede da OAB de Bauru. Ele cursou Direito pela Faculdade Marechal Rondon e emocionou os colegas e os convidados ao homenagear os pais.
“Meus pais sempre me apoiaram e me ensinaram a importância do trabalho e também dos estudos. Por isso entrei com o facão e a enxada nas mãos, para lembrar um pouco do sacrifício deles e de outros pais para a formação de seus filhos”, explica Agnaldo.
A homenagem pegou de surpresa a todos os presentes na cerimônia e repercutiu muito nas redes sociais. “Eu não imaginava que a repercussão seria tão grande e tão positiva. Isso me deixou muito feliz. Sei que como meus pais, muitos pais trabalharam na roça para que seus filhos pudessem estudar”, reforça Agnaldo.
Mais sobre Agnaldo Araújo
Agnaldo Araújo também trabalhou muitos anos na lavoura de cana. “Trabalhei junto com os meus pais por mais de dez anos no corte de cana. Era um trabalho muito duro e sofrido, mas meus pais sempre estavam ao meu lado”, lembra Agnaldo.
Mesmo no difícil trabalho da lavoura, Agnaldo sempre valorizou os estudos, pois sabia que era a única forma de conseguir uma vida melhor para ele e para sua família. Com 22 anos ele começou o curso de segurança e um ano depois deixou o corte de cana para trabalhar como vigilante. Em sua nova função, Agnaldo se encontrou profissionalmente e conquistou várias promoções ao longo dos anos.
“Devido ao conhecimento e a network adquirido ao longo dos anos, quando eu iniciei minha empresa tive uma receptividade muito grande dos clientes, tanto públicos como privados. Graças a isso, consegui ótimos contratos e pude empregar centenas de pessoas”, explica Agnaldo que hoje atua como CEO em uma empresa de segurança, sendo responsável por mais de 550 colaboradores.
