Idosos com mais de 60 anos vão receber dose de reforço da vacina contra a Covid-19, diz Governo de São Paulo

Após o anúncio do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, hoje (25/08), que vai ser realizada a aplicação de uma dose de reforço da vacina contra a Covid-19 para idosos acima de 70 anos, o governador João Doria informou que São Paulo inicia a aplicação da dose de reforço em idosos com 60 anos ou mais a partir do dia 6 de setembro em todo o Estado de São Paulo.

Outra medida aprovada pelo ministério e pelas secretarias estaduais e municipais de saúde é a antecipação da segunda dose em alguns casos.

A chamada “dose de reforço” será aplicada em quem tomou a segunda dose há cerca de seis meses. As pessoas começarão a receber a proteção adicional em setembro. O intuito é fortalecer a imunidade dessas faixas etárias diante do crescimento da circulação da variante delta.

“Nos países onde a variante tem transmissão comunitária tem havido maior problemas nos idosos e naqueles que não foram ainda vacinados. Vacinando os idosos com este reforço teremos proteção adicional”, disse o ministro da Saúde.

Em São Paulo, Doria informou que inicia a aplicação da dose de reforço em idosos com 60 anos ou mais a partir do dia 6 de setembro. Inicialmente, a medida deve atender 900 mil pessoas protegidas com a segunda aplicação de qualquer imunizante há pelo menos seis meses.

“Desde a semana passada, o Comitê Científico vem discutindo com a área da Saúde a proteção das pessoas com mais idade. Essa decisão foi finalizada hoje pela manhã para aumentar a proteção das pessoas com mais de 60 anos”, disse o governador. “É uma importante decisão tomada pelo Governo do Estado de São Paulo”, acrescentou Doria.

Segundo o Ministério da Saúde, as pessoas com dificuldades no sistema imunológico, denominadas “imunossuprimidas”, também serão convocados para a dose de reforço. Neste caso, a diferença entre a última dose e a de reforço será de 28 dias. Estão neste grupo, por exemplo, pessoas com HIV e transplantados.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, até esta quarta-feira (25/08) havia 266 amostras positivas da variante delta em todo o território paulista. Na região, a variante Delta já foi identificada em Bauru e Botucatu.

A estratégia do Governo de São Paulo é assegurar que os índices epidemiológicos e de ocupação hospitalar continuem em queda e evitar a propagação de novas variantes.

“O fato dela ter uma característica de disseminação muito maior que as cepas anteriores faz com que esse olhar de atenção e antecipação se faça necessário”, destacou o Secretário da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn.

Segundo o Ministério da Saúde, o imunizante utilizado será o Pfizer. “Vamos fazer com vacina da Pfizer porque ela foi testada em regimes de intercambialidade (uso de diferentes marcas em distintas doses), porque está aprovada na maioria das agências sanitárias do mundo e porque o ministério se programou para adquirir uma quantidade expressiva e tem chegado em tempo que nos dá segurança”, justificou Queiroga.

Segundo o secretário executivo da pasta, Rodrigo Cruz, até o fim de agosto a previsão é de disponibilização de 80 milhões de doses. Cruz acrescentou que até o meio de setembro o Ministério da Saúde quer atingir a imunização de toda a população adulta com a primeira dose.

Antecipação

A Câmara Técnica do PNI também decidiu pela antecipação da segunda dose das vacinas da Oxford/AstraZeneca. Em vez de três meses, o intervalo entre as duas doses será de dois meses. Já a antecipação da Pfizer ainda está em estudo.

A medida foi adotada com o propósito de tentar alcançar a meta de aplicar a segunda dose em todos os brasileiros adultos até o fim de outubro. Até hoje, 35% das pessoas com mais de 18 anos completaram o ciclo vacinal no país.

Ministério da Saúde recomenda que dose de reforço deve ser da Pfizer

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